Educação Inclusiva

Nas escolas públicas, a inclusão de alunos com deficiência ainda enfrenta desafios importantes. Porém, mesmo assim, parece caminhar a passos bem mais largos do que na rede particular. Esse é, de fato, o cenário da Educação inclusiva? Em caso afirmativo, por que isso acontece? E o que poderia ser feito para acelerar o processo nas instituições particulares? Alguma possibilidade de troca de experiências com as públicas?

De fato, os processos de inclusão educacional nas redes públicas vêm avançando de forma significativa onde há boas experiências e resultados a serem divulgados. Isso se deve a uma política clara e de acompanhamento das ações dos municípios que o MEC vem desenvolvendo. Há investimentos em formação de professores para a implantação do atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência no contra turno escolar, com acompanhamento dos professores em sala regular no planejamento de suas atividades pedagógicas. Sabemos que ainda há muito o que fazer, mas é concreto o aumento de alunos com deficiência nas redes públicas. E é certo que, com isso os desafios são muitos, caracterizando um período de transição de estruturas e processos pedagógicos tradicionais para uma ação inclusiva com foco na diversidade. As diretrizes educacionais da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394\96) e do Ministério da Educação (MEC) orientam as políticas de educação no Brasil independentemente da escola ou rede ser pública ou privada. É difícil determinar se o processo de inclusão na rede pública é mais efetivo do que na rede privada. Há bons exemplos de inclusão em ambas as redes. Porém, pela forma autônoma com que as escolas privadas organizam suas atividades pedagógicas e suas ofertas de serviço, também é fato que, pela exigência e pressão pelos resultados de performance de seus filhos, em muitos casos a comunidade escolar questiona o ingresso e a permanência desses alunos em sala de aula. Mas, já verificamos mudanças neste aspecto, que é provavelmente fruto da informação e da mídia que tem tratado de forma recorrente sobre o tema. Por outro lado, as instituições privadas têm aos poucos demonstrado, por meio das suas próprias experiências que o processo de inclusão educacional só traz ganhos. As instituições públicas e privadas que ainda resistem a esta realidade, convivem diariamente com o desconforto da contratação dos seus discursos pedagógicos e valores institucionais com a pratica de sua ação seletiva e discriminatória, que muitas vezes reforça uma relação de insegurança e missão a um status. Esse é um movimento sem volta, e, portanto, traz a energia do questionamento, da reflexão e da mudança para todos os envolvidos com a educação no nosso país.

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